12 de abril de 2010

ViajarMarrocos2010 - Parte 2

Cruzámos o Jbel Sharo a partir de Boulmane Dades até Nekob, numa pista demolidora e lenta, mas que nos proporcionou paisagens magníficas, mas muito dura que o diga, um casal de ingleses que já não aguentavam a agressividade do piso e tiveram que descarregar a mota, antes que fossem parar ao chão.Ainda chegamos a tempo de iniciar a pista do Vale do Draa, por entre casas e o palmeiral, onde fomos presenteados com um magnífico pôr-do-sol. Depois do Jantar, o grupo fez a visita “cultural” e habitual ao Garage do Aziz, para o check-up às máquinas.Onde ainda houve energia para brincar com novos amigos...

7 de abril de 2010

ViajarMarrocos2010 - Parte 1

Uma Expedição tem sempre objectivos, desta vez era levar o ViajarMarrocos mais longe, exigir mais das pessoas, mais empenho, mais sacrifício, mais camaradagem… mais paixão e emoções…

Para isto era proposto uma primeira jornada de 600 kms de Tanger a Marraquexe, que causou alguma fadiga e aborrecimento no seio da caravana, contudo o objectivo era chegar o mais depressa a Sul e as pistas.

Já as tinha visto em fotografias e tinha que passar por lá e ver as majestosas cascatas de Ouzoud, com uma altura superior a 100 mts, não conseguimos ficar indiferentes a tal beleza, juntando como ingrediente o fabuloso Riad onde ficamos, entre dois dedos de conversa, chá, whisky e Chicha já passava da meia-noite quando íamos nos rendendo ao sono e cansaço.

Entravamos mais a sério nas pistas e como já suspeitava encontramos a pista que liga a Catedral a Imichil cortada, uma pista espectacular que requeria algum cuidado por ser estreita, contudo a sua beleza valia a pena.

Hesitámos e ponderamos em não a fazer, por estar cortada, mas nesta altura o grupo já mostrava cumplicidade e optaram por avançar.
Chegamos ao ponto do corte, as águas tinham levado o trilho e quando já estava a deitar contas à vida, pela volta que tinha de dar, que para meu espanto os Homens do grupo começam a pegar nas suas pás e começaram a trabalhar e enquanto o Caxias os olhava pensando que tinha vindo com um grupo de loucos, o Joca lá me dizia para pôr mão naquela malta.Alguns podem não entender, eu não queria que parassem… não há nada mais forte que o querer, a vontade e principalmente a união que se estava ali a criar, o grupo estava preparado para o que “desse e viesse”, e eu estava com a “minha gente” e não tenho dúvidas que tínhamos ultrapassado o obstáculo. A alternativa veio-se a mostrar bastante exigente, entre “Routes Ferme’s” e alternativas inexistentes, foram 18 horas de condução e 597kms em estradas destruídas e lamacentas e trilhos cortados, mas se fosse fácil não era para nós… Sempre bem-dispostos e a brincar…